Segundo uma pesquiza realizada por entidades ligadas a Educação, pode se constatar que o Ceará sofre com problema do tráfico de drogas nas proximidades das
escolas públicas. Em média, 30% dos colégios fazem parte dessa
realidade, segundo levantamento realizado pelo portal QEdu: Aprendizado
em Foco, em parceria com a Meritt e a Fundação Lemann, organização sem
fins lucrativos voltada para a educação.
Dos 2.728 diretores de escolas cearenses entrevistados, 812 responderam
que o problema realmente existe. Com o resultado, o Ceará ocupa a 3ª
posição no ranking do Nordeste. Nenhum estado está livre. No Brasil, 35%
das escolas públicas relatam que estão na mesma situação, sendo
Pernambuco (34%) e Rio Grande do Norte (31%) o primeiro e segundo
lugares, respectivamente. A menor ocorrência é no Piauí, com 15,3% das
escolas.
No entanto, o tráfico de drogas já existe até dentro das instituições
de ensino. No Ceará, 5% das escolas sofrem o problema, de acordo com 135
diretores. No Brasil, 2.913 responsáveis também confirmaram a
informação, representando 5% das escolas.
Consumo de drogas
Em relação ao consumo de drogas em áreas próximas às instituições de
ensino, 35% das escolas cearenses afirmaram estarem inseridas nesse
contexto. No Brasil, o problema sobe para 40% dos colégios.
A pesquisa se baseou nas respostas dos questionários socioeconômicos da
Prova Brasil 2011, aplicada pelo Instituto Nacional de Estudos e
Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), divulgada em agosto do
ano passado. A questão sobre o tráfico nas proximidades das escolas foi
respondida por 54,5 mil diretores das escolas públicas. Deles, 18,9 mil
apontaram a existência da atividade.
O problema
O responsável pelo estudo, o coordenador de Projetos da Fundação
Lemann, Ernesto Martins, diz que não dá para isolar a escola no contexto
em que está inserida. “Ela faz parte de um todo maior, se há violência
fora, poderá chegar também aos centros de ensino. Basta observar que o
Distrito Federal [53,2%] e São Paulo [47,1%], [regiões] com altos
índices de violência, são [as áreas] com o maior percentual”, finaliza.
Em contato com a Secretaria da Educação do Estado (Seduc), a assessoria
informou ao Jangadeiro Online que ainda não teve acesso à pesquisa, mas
dará um retorno quando os dados forem estudados.
Fonte : Jangadeiro Online
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